BRASILEIROS QUE TORCEM CONTRA O BRASIL

Há quase um mês atrás publiquei um texto sobre Patriotismo (confira aqui). Nele, falo sobre como o brasileiro fica mais patriota em época de Copa do Mundo (eu particularmente chamo de “Patriotismo de Copa”) e que deveríamos ter mais esse orgulho em ser brasileiro no nosso dia a dia.

Acredito que há muitas pessoas que pensam como eu: esse “Patriotismo de Copa” é uma grande hipocrisia, pois é só terminar o torneio que todos voltam a reclamar, dizer que o Brasil é uma vergonha, não anda para frente e como gostariam de ir para outro país. Mas quando a seleção está jogando, o Brasil é tudo. Ai de quem reclamar. Ai de quem falar mal, pois isso é antipatriotismo. COMO PODEM RECLAMAR DE ANTIPATRIOTISMO, SE DURANTE 4 ANOS O QUE ELES MAIS FAZEM É SEREM ANTIPATRIOTAS?

Eu entendo a revolta de quem pensa assim, afinal, eu também penso dessa maneira. Mas, algumas pessoas, para demonstrar essa revolta, para se dizerem rebeldes, preferem torcer pela Argentina, pela Itália, pela Espanha etc. Pior: alguns TORCEM PARA O ADVERSÁRIO DO BRASIL, NÃO SE IMPORTANDO QUAL SERÁ. OU SEJA, SEU TIME É SER ANTIBRASIL. Outros só torcem contra o Brasil porque o Dunga deixou de convocar o jogador “x” ou jogador “y”. Por puro capricho, por puro mimo. “Ele só convocou jogador merda, então não vou torcer pro Brasil”. Como se isso fosse mudar a convocação do treinador ou como se fosse fazer alguma diferença para o time.

É perfeitamente compreensível quem se revolta com o “Patriotismo de Copa”, agora torcer contra não é a melhor solução.

E SIM, É ANTIPATRIOTISMO TORCER CONTRA O BRASIL POR PURO CAPRICHO. Antes que pensem que estou me contradizendo, não sou nenhum desses patriotas que vivem com a bandeira fazendo juras à pátria, mas eu defendo o Brasil em tudo que eu puder, eu procuro ver as qualidades que temos aqui e SIM, TENHO MUITO ORGULHO EM SER BRASILEIRO. Portanto, eu não estou sendo hipócrita, pois o brasileiro que sou durante a Copa, sou também durante a vida num geral.


Ainda há o argumento de que futebol não traz nada, não quer dizer nada torcer pelo Brasil. Mas, o Brasil indo bem, é respeitado lá fora, é bem visto, meche com o sentimento das pessoas que compram mais produtos relacionados à seleção e ao país em geral contribuindo com o crescimento da economia. ALÉM DE QUE, É SEU PAÍS. MESMO QUE AQUILO NÃO TRAGA NADA, MESMO QUE OS JOGADORES ESTEJAM ENCHENDO O BOLSO DE DINHEIRO, ELES ESTÃO TE REPRESENTANDO ALI. PERANTE O MUNDO, ELES ESTÃO ALI PARA TE REPRESENTAR. Sendo assim, você deve apoiar sim, torcer, e querer que sejamos os melhores.

O que mais me surpreende em pessoas que querem sair do Brasil e acham que os outros países são muito melhores, são que os países que essas pessoas admiram, na maior parte dos casos, são países de povos extremamente patriotas, que tem orgulho de seu país, em qualquer coisa que ele esteja envolvido.

Então, quem está revoltado com o “Patriotismo de Copa”, não deixe de torcer pelo Brasil como forma de protesto, pelo contrário, torça em prol, e defenda SEMPRE seu país, mesmo depois que a Copa termine. Espalhe esse orgulho em ser brasileiro, espalhe o amor em viver aqui, pois com certeza será um grande avanço termos um país mais patriota, que consequentemente será mais interessado nos problemas que tem, e em busca de soluções, que trarão muitos benefícios ao país e à sua vida.

COTAS PARA NEGROS

Caso dois estudantes em um vestibular estejam empatados, e um deles for negro, as cotas garantirão o negro na frente por ele ser negro. Parece meio injusto, porém o argumento de quem defende as cotas raciais é o número baixo de negros estudando nas universidades. Realmente, é necessário que se faça algo para mudar isso, já que, segundo pesquisas, apenas 2% dos estudantes em universidades brasileiras são negros. Mas para mim, cotas raciais não é a solução. Se fosse seguir esse argumento, qualquer grupo que tivesse poucos estudantes nas universidades deveria ter cotas. Já imaginou cotas para descendentes de canadenses? Cotas para estrangeiros? Cotas para filhos de garis? Cotas para quem tem mais de cinco animais de estimação? O argumento de que há poucos negros nas faculdades não justifica o uso das cotas raciais. Os negros sofreram muito com a escravidão até conseguirem a liberdade e a igualdade de direitos. E sofrem até hoje com o preconceito de algumas pessoas. Porém, um erro não justifica outro. Não é porque os negros sofreram e sofrem ainda que por causa disso mereçam algum privilégio sem méritos. Imagine a situação: Dois estudantes farão o vestibular. Um negro e outro branco. Eles sempre estudaram em escolas públicas, sofreram as mesmas dificuldades e aprenderam as mesmas matérias tendo que aprender mais do que o que a escola oferecia para terem alguma chance de passar. Os dois estudaram muito durante anos. Chegou o dia. Ambos fazem o vestibular e tiram exatamente a mesma nota. Só resta uma vaga. Vai ficar com quem? Com o negro. PELO ÚNICO E EXCLUSIVO FATO DELE SER NEGRO. Sinceramente, isso é injustiça com o branco que passou pelas mesmas dificuldades e não passou porque o concorrente ganhou a última vaga, tendo tido o mesmo desempenho. Não é culpa do branco, hoje em dia, o sofrimento que os negros passaram antigamente. Outra questão: os negros sempre lutam por direitos iguais e combater o racismo. Mas essas cotas são a maior demonstração de racismo que pode ter. Afinal, nelas está implícito o pensamento: “os negros na são capacitados o suficiente para conseguirem as vagas sozinhos”. A cor de uma pessoa não a torna mais ou menos capacitada do que a outra, mas sim pelo que ela passou até chegar aonde chegou. Por isso, o único tipo de cotas em que eu concordaria seria o de quem sempre estudou em escolas públicas. Porque é um fato que o ensino das escolas públicas não é tão qualificado quanto às das escolas particulares. Ou seja, os alunos que sempre estudaram em escolas particulares têm uma vantagem. Sendo assim, caso houvesse um empate entre um aluno de escola pública e outro de escola particular, seria justo que o de escola pública passasse, pois conseguiu a mesma qualificação estando em desvantagem. Além de que, com isso, consequentemente, o número de negros aumentaria também, já que há muitos negros em escolas públicas. Mas de qualquer jeito, a melhor solução jamais será as cotas, e sim um ensino de qualidade para todos. Assim todos teriam as mesmas condições, não haveria injustiças e realmente teria passado quem merecia. Parece um sonho meio utópico, mas seria o único jeito de se terminar as injustiças em relação a quem merece passar nas universidades e concursos.

BRASILEIRO NÃO SABE VOTAR

Quantas vezes você já deve ter ouvido essa frase? Todo mundo deve ter escutado essa frase pelo menos uma vez na vida, e não duvido nada, todo mundo já deve ter falado isso pelo menos uma vez na vida.


Agora refletindo, será verdade mesmo essa história de “brasileiro não sabe votar”?
Claro que todos nós sabemos que a política é um dos assuntos mais discutidos no Brasil e em 99% dos casos para reclamações, dizendo que quem está lá não presta. Mas aí que chega o problema: Muitas das vezes em discussões assim, colocamos a culpa disso em nós brasileiros pela incompetência deles, os eleitos. Está mais do que certo, pois quem elege os incompetentes somos nós, então essas reclamações são para alertar o povo a “votar certo”.
Esse ideal eu até concordo, pois acho que devemos, antes de votar, pesquisar a vida política do candidato, saber quais são suas propostas, se elas são viáveis de se realizar, entre outras coisas.
Mas o que não concordo com essa frase é quando ela é dita em um contexto de que “nada está certo no Brasil porque nós votamos errado, agora sofreremos as consequências”.


Porque nas eleições sempre há no mínimo 3 candidatos, tendo 2 preferidos nas pesquisas populares, isso cada um com seus méritos: seja passado político, simpatia com o povo, ou um marketing de melhor qualidade. O que conseguir unir melhor esses três com certeza será o favorito a vencer.
Uma vez eleito, assume um cargo de responsabilidade e traz junto à esperança do povo por mudanças, melhorias. E ele foi o melhor candidato dos que estavam ali, isso claro na concepção de quem votou nele, afinal, ninguém é burro o bastante para votar em quem não considera que seja a melhor opção.
Se o eleito fará um bom trabalho ou não, isso só o futuro diz. Agora sinceramente, se ele errar em algo, como alguém pode dizer “brasileiro não sabe votar”? Quem me garante que o outro candidato que não foi eleito estaria fazendo um trabalho melhor? Quem me garante que ele não seria mais corrupto do que o que está aí? Quem me garante que os projetos que ele tinha seriam viáveis, uma vez ele sendo eleito? Sinceramente, essa história de “se” não cai bem na política. Uma vez o candidato eleito PELA POPULAÇÃO, é tarde demais para se reclamar do outro não ter sido votado. Quem reclama que seu candidato não foi eleito, deveria é ter convencido o máximo de pessoas a votar nele também, mas claro sempre usando argumentos. Porém, ele não sendo eleito, terá que aceitar, pois como somos um país democrático vale a decisão da maioria.


Antes que pense que sou um acomodado, não estou dizendo que depois de eleito, se o candidato estiver fazendo um mau governo, que devemos cruzar os braços e esperar o fim de seu mandato. Devemos é reclamar dos seus defeitos, mas não da boca pra fora, e sim agir, fazer cartas de reclamações, protestos, tentar agendar uma reunião, chamar a imprensa, fazer verdadeira pressão, pra que ele respeite nossos direitos e que cumpra o que prometeu.


DEVEMOS SABER EM QUEM VOTAR, DEVEMOS VER A MELHOR OPÇÃO ENTRE TODAS QUE TIVERMOS DISPONÍVEIS, MAS NÃO SOMOS VIDENTES PRA SABER SE, UMA VEZ ELEITO, O CANDIDATO FARÁ TUDO CERTO. DEVEMOS FAZER NOSSA PARTE E TORCER PRA ELES FAÇAM A DELES. E SE NÃO FIZEREM, LUTAREMOS POR NOSSOS DIREITOS ATÉ QUE ELES FAÇAM.

PATRIOTISMO

Hoje, quando estava no ônibus, voltando do colégio para casa, olhava pela janela e via edifícios, onde muitos apartamentos tinham a bandeira do Brasil na janela ou na varanda. Isso seria um motivo de alegria para mim, vendo o patriotismo das pessoas, o orgulho que elas têm em serem brasileiras. Porém, esse patriotismo também me fez refletir sobre uma coisa: esse orgulho todo não é comum. E, obviamente, o motivo de terem estendido as bandeiras é a aproximação da Copa do Mundo, que começa dentro de alguns dias. É meio que óbvio o motivo de sermos tão patriotas com a chegada da Copa do Mundo, afinal, o Brasil é a maior potência mundial quando o assunto é futebol. Somos respeitados por todos, temidos e o futebol é uma grande paixão nacional.
É claro que fico feliz com isso, eu sendo um grande fã de futebol, da nossa seleção e acho que está certo demonstrar esse orgulho em ser brasileiro com a proximidade da Copa. Mas o problema é: Por que não somos sempre assim? Não digo fazer festa, colocar bandeiras nas janelas, fazer grafites nas paredes que exaltam o Brasil, mas sim o ORGULHO em ser brasileiro. No nosso dia a dia, cansamos de ver o brasileiro sentindo vergonha de não ser considerado um país de primeiro mundo, de achar que tudo que vem de fora é melhor, mais bonito, e às vezes, paga até mais caro por certos produtos, apenas por saber que é exportado, achamos que falar inglês é mais “chique”, etc. O Brasil é o maior país da América Latina. Estamos entre as 10 maiores economias do mundo, somos o quinto país mais populoso, quinto país de maior extensão, somos ricos culturalmente, sediaremos uma Copa do Mundo pela segunda vez, enquanto países como Itália e Inglaterra sediaram apenas uma vez, seremos o primeiro país sul americano a sediar os Jogos Olímpicos, etc. Mas nós teimamos em desvalorizar nossos feitos, em achar que o que vem de fora é melhor. Achamos que os EUA e a Europa são paraísos de organização, onde saindo do Brasil encontraremos fortuna e vida de rei lá fora. Porém a realidade é cruel. Em países europeus onde há muita xenofobia (preconceito com estrangeiros) os brasileiros são tratados como lixo, conseguem empregos com mau pagamento, isso quando conseguem, e, muitas vezes, vivendo pior do que aqui, o que faz com que quem estava sonhando em sair do Brasil, volte correndo. Só tem boa vida lá fora, quem já tinha dinheiro antes de sair do país. Nós, pelo contrário, somos um povo acolhedor, recebemos bem os estrangeiros, os tratamos como reis, e parece que são sub celebridades. Acho que nós estamos certos em tratá-los bem, afinal isso demonstra educação e os faz se sentirem acolhidos, fazendo com que tenham vontade de voltar aqui depois, o que é ótimo para o turismo. Mas não há necessidade de tratá-los como superiores, apenas os tratando como iguais já é o suficiente. O problema do patriotismo americano, europeu, entre outros é confundir com desprezo das outras nações, o que simplesmente é ridículo. Nós estamos certos em saber reconhecer as qualidades dos outros países, mas gostaria que fôssemos mais patriotas no sentindo de amar o Brasil, amar ser brasileiro e principalmente NOS VALORIZAR EM RELAÇÃO AOS OUTROS.
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